É fundamentalmente no início do séc. XXI, que vemos reconhecido e divulgado o trabalho de artistas portugueses que utilizam o vídeo como meio de expressão artística.
Toda uma geração de artistas, fruto de uma educação universitária coesa começa finalmente a emergir. Nesse contexto, com a nova dinâmica da Ar.Co (que apresenta um nível consentâneo com o ensino artístico europeu e internacional) e ainda a introdução de uma nova geração de professores na FBAUL, as condições do ensino artístico em Portugal deram um enorme salto qualitativo.
Os novos artistas que emergem beneficiam não apenas desse facto mas também de uma maior circulação e contacto com escolas e instituições estrangeiras. Muitos estudantes passaram para mestrados, pós-graduações, programas de residência e intercâmbios internacionais, enriquecendo assim a sua linguagem artística e visão plástica. Não podemos aqui deixar de referir o contributo fundamental dos portugueses Alexandre Estrela e Miguel Soares, Rui Toscano, Delfim Sardo e Ângela Ferreira entre muitos outros.
O ano 2000 afirma-se neste contexto como um ano profícuo ao nível das iniciativas curatoriais:
O Projecto mnemosyne é comissariado por Delfim Sardo para os Encontros de Fotografia de Coimbra; Jurgen Bock comissária para o CCB um conjunto de exposições – Project Room – que traz para Lisboa figuras de relevo da cena artística internacional tais como Heimo Zobernig, Allan Sekula, Eleanor Autin e Renée Green. É nesse período que se inicia também o projecto Slow Motion, comissariado por Miguel Wandschneider que como Alexandre Melo afirma «propõe uma visão antológica da produção portuguesa em vídeo e filme Super 8, realizando um trabalho de recolha e pesquisa sem precedentes na área. (Melo, Alexandre, Arte e Artistas em Portugal, Instituto Camões, Ed. Bertrand, Lisboa, 2004, p.p 110/115).
Assim, e segundo o mesmo autor «Contrariamente aos anos 90 que centravam a reflexão artística no plano social, o novo milénio avança com uma abordagem assaz disciplinar, não se pretendendo com isto dizer que se dá um regresso a práticas estanques mas sim que uma tomada de consciência sobre a natureza dos media constitui a semântica da sua própria sintaxe.»
Alexandre Estrela com o registo vídeo Making a Star , os vídeo-lanscapes de Rui Toscano e ainda o trabalho de Filipa César com o vídeo Lull são apenas alguns dos muitos exemplos deste caminho.
Toda uma geração de artistas, fruto de uma educação universitária coesa começa finalmente a emergir. Nesse contexto, com a nova dinâmica da Ar.Co (que apresenta um nível consentâneo com o ensino artístico europeu e internacional) e ainda a introdução de uma nova geração de professores na FBAUL, as condições do ensino artístico em Portugal deram um enorme salto qualitativo.
Os novos artistas que emergem beneficiam não apenas desse facto mas também de uma maior circulação e contacto com escolas e instituições estrangeiras. Muitos estudantes passaram para mestrados, pós-graduações, programas de residência e intercâmbios internacionais, enriquecendo assim a sua linguagem artística e visão plástica. Não podemos aqui deixar de referir o contributo fundamental dos portugueses Alexandre Estrela e Miguel Soares, Rui Toscano, Delfim Sardo e Ângela Ferreira entre muitos outros.
O ano 2000 afirma-se neste contexto como um ano profícuo ao nível das iniciativas curatoriais:
O Projecto mnemosyne é comissariado por Delfim Sardo para os Encontros de Fotografia de Coimbra; Jurgen Bock comissária para o CCB um conjunto de exposições – Project Room – que traz para Lisboa figuras de relevo da cena artística internacional tais como Heimo Zobernig, Allan Sekula, Eleanor Autin e Renée Green. É nesse período que se inicia também o projecto Slow Motion, comissariado por Miguel Wandschneider que como Alexandre Melo afirma «propõe uma visão antológica da produção portuguesa em vídeo e filme Super 8, realizando um trabalho de recolha e pesquisa sem precedentes na área. (Melo, Alexandre, Arte e Artistas em Portugal, Instituto Camões, Ed. Bertrand, Lisboa, 2004, p.p 110/115).
Assim, e segundo o mesmo autor «Contrariamente aos anos 90 que centravam a reflexão artística no plano social, o novo milénio avança com uma abordagem assaz disciplinar, não se pretendendo com isto dizer que se dá um regresso a práticas estanques mas sim que uma tomada de consciência sobre a natureza dos media constitui a semântica da sua própria sintaxe.»
Alexandre Estrela com o registo vídeo Making a Star , os vídeo-lanscapes de Rui Toscano e ainda o trabalho de Filipa César com o vídeo Lull são apenas alguns dos muitos exemplos deste caminho.
Sílvia Vieira/Pedro Félix
1 comentário:
será necessário lembrar os percussores da video art em Portugal
(Helena Almeida, José Barrias,José Carvalho,José Conduto,Abel Mendes, Leonel Moura, António Palolo,Silvestre Pestana,Cerveira Pinto,Joana Rosa,Julião Sarmento,Henrique Silva,Ernesto de Sousa,João Vieira) que em 1980 apresentaram a primeira colecção de video arte Portuguesa na Universidade de Iowa, US, e estuda-los
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