sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

João Penalva




(Lisboa – 1949)
João Penalva é um artista multifacetado. Entre as décadas de 60 e 80 iniciou uma carreira na área da dança e expôs pintura em Inglaterra e Portugal.
Nos anos 90 e no início do séc. XXI dedica-se sobretudo às instalações e intervenções e cria vídeos e filmes tais como 336 rios (1998), Mister (1999) e Kitsune o espírito da raposa (2001). Nestas obras João Penalva utiliza personagens e histórias do quotidiano, «conferindo às suas obras um forte sentido de teatralidade e narrativa assim como uma estreita relação com as artes performativas (Widow Simone-Entracte 20 years, 1996).» (Melo, Alexandre, Arte e Artistas em Portugal, Instituto Camões, Ed. Bertrand, Lisboa, 2004, p.p 176).
Como o próprio afirma: «por muito que eu insista neste ou naquele percurso no meu irrepremível desejo de controlo, o meu trabalho, tal como a minha vida, está inexoravelmente ligado à vida dos outros, aos seus desejos, à sua generosidade, [...] eu acolho tudo isto como uma infinita oferta de caminhos.» (www.serralves.pt).
Nas suas obras mais recentes os sons e os movimentos são agora os seus protagonistas «numa exploração do vídeo como médium; enquanto que uma componente mais violenta e perturbadora foi introduzida mais recentemente em Quieto, de pé, pára, não (2005). (Melo, Alexandre, Arte e Artistas em Portugal, Instituto Camões, Ed. Bertrand, Lisboa, 2004, p. 176).
Destacam-se do seu percurso artístico as exposições no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (1990); no Centro Cultural de Belém (1999), No Centro Cultural de Belém (1999), e no Museu de Serralves (2005) e ainda a exposição patente na Camden Arts Center em Londres (localidade onde João Penalva reside actualmente).
Obras suas representaram Portugal na Bienal de S. Paulo (1996), Bienal de Berlim (2001), Bienal de Veneza (2001) e de Sidney em 2002.
Sílvia Vieira/Pedro Félix

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