Miguel Soares iniciou a sua formação artística com o estudo de fotografia na Ar.Co e Design de Equipamento entre 1989 e 1995 na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Ainda como aluno dessa escola adoptou uma postura crítica relativamente ao academismo de algum sector do ensino superior artístico. Essas preocupações reflectiram-se nos seus primeiros trabalhos: “Night Art School” de 1995, como metáfora de uma escola de artes onde o dinamismo criativo nunca pára.
À semelhança do que acontecia com outros artistas dessa geração, partiu da apropriação de imagens e objectos resultantes da produção e consumo em massa para a sua produção criativa. São disso exemplo a exposição Untitled (1992) onde apresentou dípticos de impressões fotográficas de ambientes domésticos dos anos 60, ou a exposição Celulight (1999) com candeeiros feitos a partir de embalagens de plástico de telemóveis (que na época causaram grande impacto devido à generalização desse meio portátil de comunicação).
Os mesmos princípios foram adoptados quando começou a recorrer ao vídeo como médium, em que se apropria de imagens da televisão e/ou de cassetes de vídeo e também dos vídeo jogos. Rapidamente adicionou as técnicas de animação em 3D e o universo da ficção científica, que têm marcado os seus trabalhos mais recentes.
A exposição retrospectiva que decorreu na Culturgeste em Lisboa, entre 18 de Outubro de 2008 e 4 de Janeiro de 2009, apresentou o seu percurso artístico entre 1999 e 2005 com vídeos e animações 3D. A orientação cronológica que nos foi proposta iniciava-se com dois vídeos de imagem real a partir da recolha mais ou menos improvisada de situações do quotidiano: uma discussão na rua ou um acidente, ambas de madrugada, às quais foi adicionada uma banda sonora que propõe uma reinterpretação dos ambientes. Os restantes 6 vídeos recorrem às novas técnicas de animação digital tridimensional e propõem um universo menos voyeurista e mais questionante sobre o futuro da humanidade: a sobrevivência, a poluição, a adaptabilidade, o totalitarismo, etc, são algumas das preocupações reveladas nestes trabalhos. Como refere Miguel Wandschneider, o curador da exposição, no texto do catálogo, “Perpassa por estas obras uma perspectiva sombria e um sentimento que se mantêm arredados de uma retórica denunciatória de tom moralista”.
Sílvia Vieira/Pedro Félix
À semelhança do que acontecia com outros artistas dessa geração, partiu da apropriação de imagens e objectos resultantes da produção e consumo em massa para a sua produção criativa. São disso exemplo a exposição Untitled (1992) onde apresentou dípticos de impressões fotográficas de ambientes domésticos dos anos 60, ou a exposição Celulight (1999) com candeeiros feitos a partir de embalagens de plástico de telemóveis (que na época causaram grande impacto devido à generalização desse meio portátil de comunicação).
Os mesmos princípios foram adoptados quando começou a recorrer ao vídeo como médium, em que se apropria de imagens da televisão e/ou de cassetes de vídeo e também dos vídeo jogos. Rapidamente adicionou as técnicas de animação em 3D e o universo da ficção científica, que têm marcado os seus trabalhos mais recentes.
A exposição retrospectiva que decorreu na Culturgeste em Lisboa, entre 18 de Outubro de 2008 e 4 de Janeiro de 2009, apresentou o seu percurso artístico entre 1999 e 2005 com vídeos e animações 3D. A orientação cronológica que nos foi proposta iniciava-se com dois vídeos de imagem real a partir da recolha mais ou menos improvisada de situações do quotidiano: uma discussão na rua ou um acidente, ambas de madrugada, às quais foi adicionada uma banda sonora que propõe uma reinterpretação dos ambientes. Os restantes 6 vídeos recorrem às novas técnicas de animação digital tridimensional e propõem um universo menos voyeurista e mais questionante sobre o futuro da humanidade: a sobrevivência, a poluição, a adaptabilidade, o totalitarismo, etc, são algumas das preocupações reveladas nestes trabalhos. Como refere Miguel Wandschneider, o curador da exposição, no texto do catálogo, “Perpassa por estas obras uma perspectiva sombria e um sentimento que se mantêm arredados de uma retórica denunciatória de tom moralista”.
Sílvia Vieira/Pedro Félix
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