segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Os Videojogos como espaço publicitário


Os videojogos são actualmente uma das maiores indústrias do mundo do entretenimento. Estima-se que milhões de pessoas de todas as idades têm nos videojogos a sua maior fonte de diversão, passando inúmeras horas em frente ao computador ou às consolas.
Não é pois de admirar que muitas empresas e/ou corporações já olhem para os videojogos como um meio de publicidade, relegando para segundo plano os meios mais tradicionais, como os jornais ou as televisões. Segundo um estudo da consultora Parks Associates prevê-se que o investimento em publicidade nos videojogos irá passar dos actuais 50 milhões de euros para 600 milhões em 2009.
As vantagens em usar os videojogos como suporte publicitário são muitas. Para além de chegar a um público variadíssimo, de diferentes idades, sexo, classe social, etc…, há também a relação que se estabelece entre a marca e o consumidor, que ao ver a marca no seu videojogo favorito a adopta como uma marca quase pessoal, simbolizando o seu estilo. Há ainda o facto de que no videojogo o produto publicitado aparece sempre que o jogador joga, ao contrário por exemplo, da televisão em que há horários fixos e limitações temporárias aos anúncios publicitários.


A publicidade nos videojogos pode encontrar-se nos mesmos lugares onde seria de se esperar se se tratasse do mundo real, por exemplo, cartazes publicitários, posters e ecrãs virtuais de TV publicitários espalhados ao longo dos cenários.


Contudo, outras formas são usadas, nomeadamente a “presença” de lojas e restaurantes reais no espaço virtual, a presença de objectos (telemóveis, carros, relógios, etc), muitas vezes usadas pelas próprias personagens do videojogo.
Por exemplo, nos primeiros três videojogos da saga Splinter Cell a personagem principal, um espião secreto Americano, usa um telemóvel SonyEricsson de maneira a ajuda-lo nas suas missões. No mais recente capítulo da série a mesma personagem usa um PDA da marca Nokia. É visível a aposta feita pela marca de modo a associar o seu produto de ponta, neste caso um PDA, a uma personagem altamente treinada e competente naquilo que faz, ou seja, o melhor na sua área. A Nokia associa assim, como já tinha feito a SonyEricsson, um produto seu, tecnologicamente avançado, a uma personagem, ainda que virtual, também ela altamente qualificada.


Um dos passos de gigante dados para a afirmação dos videojogos como meio de publicidade foi dado na recente campanha eleitoral norte-americana, na qual o candidato, que de resto viria a ganhar, Barack Obama, apostou na publicidade no espaço virtual dos videojogos. No jogo “Burnout Paradise”, um popular jogo de corridas, a cara do candidato Democrata, assim como o endereço do seu site, aparece em cartazes ao longo das pistas. Também em jogos de basquetebol e hóquei no gelo, desportos bastante populares nos EUA, se pode ver cartazes com a face de Obama.



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