A ideia da internet como um outro local onde sociabilizar escolhendo uma identidade é uma das utopias que funciona como motor para o desenvolvimento da rede.
Nas aulas de Midia Digitais nos falamos de ciberespaço. O que acontece é que há outros que já pensam ao contrario do que nós e já falam de meat space. O meat space compreende aquelas escassas acções que seriam realizadas fora do espaço virtual. Eu (a Olivia) nunca tinha reparado em “dar la vuelta a la tortilla” assim. Paga a pena reflectir sobre essa “tecno-utopía” de que a rede possa ser um espaço libre.
Os MUDs dos que fala Arlindo Machado são o mundo jurássico dos relacionamentos sociais em internet. As siglas significam Multi User Domains e também Multi User Dungeons (Mazmorras), em referencia ao jogo de rol Dragones y Mazmorras (em espanhol) que os inspirou. Os MUDs ainda não tinham aspecto gráfico, mais já demandavam uma identidade fictícia. Como dí o texto, o pioneiro dos mundos sociais virtuais com gráfica e parecidos ao quotidiano foi o Habitat da Lucasfilm, em que os avatares viviam dentro duma comunidade urbana (a imagem é do Habitat)
A minha reflexão é que algo que na sua origem é um jogo de rol tradicional, algo no que eu, pelo menos, nunca participei e não pensei em participar, agora pode formar parte do meu quotidiano e não como um jogo.
Para que vejam isto eu tentei fazer um avatar da nossa professora.
Mais, pensem nos pontos fracos da “tecno-utopía”. Ainda que há bastante liberdade na página da voki, para fazer este avatar da Profa. Gabriela, não tive toda a escolha.
Então, será que temos a completa liberdade de criar a nossa identidade na rede? E também é importante pensarmos em os interesses económicos que há trás essas identidades que criamos cada vez que fazemos um login?
Algumas das informações deste post foram extraídas do capítulo 5 do livro Arte en la red. Nesse texto, Jesús Carrillo cita a William J. Mitchell que já fala das “primeiras cidades abandonadas de internet”, resultado desses jogos. Se há cidades abandonadas, pensem também em todos os “cadáveres identitários” que ficam cada vez que abandonamos um login na rede.
Desculpem os erros do meu português.
Bibliografía:
CARRILLO, Jesús, (2004), Arte en la red, Ensayos Arte Cátedra, Madrid
MACHADO, Arlindo, (2002) “Regimes de Imersão e Modos de Agenciamento”, trabalho apresentado pêlo núcleo de Pesquisa Comunicação Audiovisual, XXV Congreso Anula em Ciência da Comunicação, Salvador/BA
Web para crear avatares: www.voki.com
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