domingo, 30 de novembro de 2008

Heidegger e "A questão da técnica" 1

Seremos capazes de pensar a técnica? Nós, que a integrámos de tal modo na quotidianidade, que a integrámos como "estrutura familiar" de recepção, filtro e resposta de todas as nossas mundividências, conseguiremos pensar a essência da técnica?
Heidegger, em 1953, numa conferência proferida em Munique, com o titulo "Die frage nach der technik" ("A questão da técnica"), irá reflectir sobre aquelas perguntas. A tarefa a que se propõe será compreender a técnica no seu "ser-aí-no-mundo", a partir de um ponto de vista histórico-ontológico: "Todo o perguntar é um procurar. Todo o procurar tem a sua direcção prévia" (in, "Estrutura formal da pergunta que interroga pelo Ser", Ser e Tempo).
O que é a essência da técnica? Heidegger inicia a sua conferência afirmando que a "essência da técnica não é nada de técnico". Assim, os passos seguintes para a compreensão da essência da técnica irão trazer "à nossa presença" os "dogmas comuns" sobre essência própria da técnica:
- A técnica é um meio para um fim;
- A técnica é uma actividade do homem.

1 comentário:

ana disse...

Segundo afirmação de Heidegger o homem é um signo indecifrável. Pensar a técnica- "...o signo mais aparente da nossa relação com mundo e a força a partir da qual se procura articular a sociedade contemporânea." será pensar o agir, "tocar" o signo.